Arminianismo

O Arminianismo é um sistema teológico baseado nas idéias do pastor e teólogo reformado holandês Jacob Harmensz, mais conhecido pela forma latinizada de seu nome Jacobus Arminius. No inglês, é usualmente referenciado como James Arminius ou Jacob Arminius. Em português, seu nome seria Jacó Armínio.

Embora tenha sido discípulo do notável calvinista Teodoro de Beza, Armínio defendeu uma forma evangélica de sinergismo (crença que a salvação do homem depende da cooperação entre Deus e o homem), que é contrário ao monergismo, do qual faz parte o Calvinismo (crença de que a salvação é inteiramente determinada por Deus, sem nenhuma participação livre do homem). O sinergismo arminiano difere substancialmente de outras formas de sinergismo, tais como o Pelagianismo e o Semipelagianismo, como se demonstrará adiante. De modo análogo, também há variações entre as crenças monergistas, tais como o supra-lapsarianismo e o infra-lapsarianismo.

Armínio não foi primeiro e nem o último sinergista na história da Igreja. De fato, há dúvidas quanto ao fato de que ele tenha introduzido algo de novo na teologia cristã. Os próprios arminianos costumavam afirmar que os pais da Igreja grega dos primeiros séculos da era cristã e muitos dos teólogos católicos medievais eram sinergistas, tais como o reformador católico Erasmo de Roterdã. Até mesmo Philipp Melanchthon (1497-1560), companheiro de Lutero na reforma alemã, era sinergista, embora o próprio Lutero não fosse.

Armínio e seus seguidores divergiram do monergismo calvinista por entenderem que as crenças calvinistas na eleição incondicional (e especialmente na reprovação incondicional), na expiação limitada e na graça irresistível:

– seriam incompatíveis com o caráter de Deus, que é amoroso, compassivo, bom e deseja que todos se salvem.

– violariam o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem.

– levariam à conseqüência lógica inevitável de que Deus fosse o autor do mal e do pecado.

Contexto Histórico

Para se compreender os motivos que levaram à aguda controvérsia entre o Calvinismo e o Arminianismo, é preciso compreender o contexto histórico e político no qual se inseriam os Países Baixos à época.

De acordo com historiadores, tais como Carl Bangs, autor de “Arminius: A Study in the Dutch Reformation(1985)”, as igrejas reformadas da região eram protestantes, em sentido geral, e não rigidamente calvinistas. Embora aceitassem o catecismo de Heidelberg como declaração primária de fé, não exigiam que seus ministros ou teólogos aderissem aos princípios calvinistas, que vinham sendo desenvolvidos em Genebra, por Beza. Havia relativa tolerância entre os protestantes holandeses. De fato, havia tanto calvinistas quanto luteranos. Os seguidores do sinergismo de Melanchthon conviviam pacificamente com os que professavam o supralapsarianismo de Beza. O próprio Armínio, acostumado com tal “unidade na diversidade”, mostrou-se estarrecido, em algumas ocasiões, com as exageradas reações calvinistas ao seu ensino.

Essa convivência pacífica começou a ser destruída quando Franciscus Gomarus, colega de Armínio na Universidade de Leiden, passou a defender que os padrões doutrinários das igrejas e universidades holandesas fossem calvinistas. Então, lançou um ataque contra os moderados, incluindo Armínio.

De início, a campanha para impor o calvinismo não foi bem sucedida. Tanto a igreja quanto o Estado não consideravam que a teologia de Armínio fosse heterodoxa. Isso mudou quando a política passou a interferir no processo.

À época, os Países Baixos, liderados pelo príncipe Maurício de Nassau, calvinista, estavam em guerra contra a dominação da Espanha, católica. Alguns calvinistas passaram a convencer os governantes dos Países Baixos, e especialmente o príncipe Nassau, de que apenas a sua teologia proveria uma proteção segura contra a influência do catolicismo espanhol. De fato, caricaturas da época apresentavam Armínio como um jesuíta disfarçado. Nada disso foi jamais comprovado.

Depois da morte de Armínio, o governo começou a interferir cada vez mais na controvérsia teológica sobre predestinação. O príncipe Nassau destituiu os arminianos dos cargos políticos que ocupavam. Um arminiano foi executado e outros foram presos. O conflito teológico atingiu tamanha proporção que levou a Igreja a convocar o Sínodo Nacional da Igreja Reformada, em Dort, mais conhecido como o Sínodo de Dort, onde os arminianos, conhecidos como “remonstrantes”, tiveram a oportunidade de defender seus pontos de vista perante as autoridades, partidárias do Calvinismo. As discussões ocorreram em 154 reuniões iniciadas em 13 de novembro de 1618 e encerrada em 9 de maio de 1619, cujo assunto era a predestinação incondicional defendida pelo Calvinismo e a predestinação condicional defendida pelo Arminianismo. Os arminianos acabaram sendo condenados como hereges, destituídos de seus cargos eclesiásticos e seculares, tiveram suas propriedades expropriadas e foram exilados.

Logo que Maurício de Nassau morreu, os calvinistas perderam o seu poder na região e os arminianos puderam retornar ao país, onde fundaram igrejas e um seminário, o qual até hoje existe na Holanda (Remonstrants Seminarium).

Em síntese, as igrejas protestantes holandesas continham diversidade teológica, à época de Armínio. Tanto monergistas quanto sinergistas eram ali representados e conviviam pacificamente. O que levou a visão monergista à supremacia foi o poder do Estado, representado pelo príncipe Maurício de Nassau, que perseguiu os sinergistas.

Para Armínio e seus seguidores, sua teologia também era compatível com a reforma protestante. Em sua opinião, tanto o Calvinismo quanto o Arminianismo são duas correntes inseridas na reforma protestante, por serem, ambas, compatíveis com o lema dos reformados sola gratia, sola fide, sola scriptura.

Diferentes Correntes

A exemplo do que ocorre com outras correntes teológicas, tais como o Calvinismo, as crenças arminianas não são homogêneas. As idéias originalmente desenvolvidas por Armínio foram sistematizadas e desenvolvidas por inúmeros sucessores e profundamente alteradas por outros. Embora todos eles sejam considerados arminianos, divergem em alguns pontos cruciais. O teólogo reformado Allan Sell introduziu a distinção entre os “arminianos do coração” e os “arminianos da cabeça”.

Arminianos do Coração

São classificados como tal os teólogos que continuaram a trilhar os mesmos passos de Armínio, ou seja, sua teologia é perfeitamente compatível com as idéias por ele defendidas. Entre os inúmeros arminianos do coração, podem ser citados:

– Os Remonstrantes: cerca de 45 ministros e teólogos dos Países Baixos que deram continuidade ao desenvolvimento da teologia de Armínio. Seu principal representante é Simon Episcopius (1583-1643). Outro nome importante é o do conhecido cientista político Hugo Grotius (1583-1645). Os últimos remonstrantes afastaram-se substancialmente das linhas traçadas por Armínio e deram origem ao “Arminianismo da cabeça” (vide adiante).

– Século XVIII: o principal nome que desponta nessa época é o de John Wesley (1703-1791), que se declarava arminiano e defendeu o Arminianismo da acusação de heterodoxia e de heresia. Embora a teologia de Wesley seja compatível com o Arminianismo original, apresenta alguns acréscimos importantes, tais como o perfeccionismo wesleyano, com o qual nem todos os arminianos concordam, e algumas aparentes contradições, em razão da falta de rigor teológico utilizado em sua linguagem, muito mais de pregador do que de teólogo. Além de Wesley, merecem destaque John Fletcher (1729-1785) e Richard Watson (1781-1833).

– Século XIX: Thomas Summers (1812-1882), William Burton Pope (1822-1903), John Miley (1813-1895).

– Século XX: H. Orton Wiley (1877-1961), Thomas Oden (embora não aceite ser chamado de arminiano, sua obra é totalmente compatível com o Arminianismo clássico. Prefere o rótulo de “paleo-ortodoxo”, já que apela para o consenso dos primeiros pais da Igreja). Dale Moody, Stanley Grenz, Howard Marshall.

Arminianos da Cabeça

São considerados “arminianos da cabeça” os que abandonaram alguns dos princípios basilares da teologia arminiana clássica, tal como a crença no pecado original e na depravação total. Aproximaram-se do Semipelagianismo e até do Pelagianismo, negando a salvação pela graça, pilar da reforma protestante. Posteriormente, a teologia de alguns sofreu fortes influências do Iluminismo, recaindo em Universalismo, Arianismo e em vertentes da teologia moderna liberal.

A maior parte dos críticos do Arminianismo cometem o equívoco de tomar a parte pelo todo, considerando que todos os arminianos são “da cabeça”, sem discernir as profundas diferenças entre as várias correntes arminianas. Tal equívoco é semelhante ao de considerar que todos os calvinistas são hiper-calvinistas ou que todos sejam supralapsarianos. Talvez por isso, o Arminianismo seja tão freqüentemente associado ao semipelagianismo.

Entre os conhecidos arminianos da cabeça, destacam-se:

– Remonstrantes: alguns dos últimos remonstrantes passaram a defender posições mais próximas do Semipelagianismo do que do Arminianismo, afastando-se do Arminianismo clássico. O principal nome dessa época é Philipp Limborch (1633-1712). Muitos opositores do Arminianismo, na realidade, baseam suas críticas nas idéias de Limborch, como se fossem iguais às de Armínio.

– Século XVIII: John Taylor (1694-1761) e Charles Chauncy (1705-1787).

– Século XIX: o nome de maior destaque é o do avivalista Charles Finney (1792-1875), cuja teologia é fortemente pelagiana.

A Essência Teológica do Arminianismo do Coração

Os Cinco Pontos do Arminianismo

No Sínodo de Dort, os remonstrantes apresentaram a doutrina arminiana clássica na forma dos cinco pontos seguintes:

Eleição Condicional

Deus, por um eterno e imutável decreto em Cristo, antes da criação do mundo, determinou eleger, dentre a raça humana caída e pecadora, aqueles que pela graça crêem em Jesus Cristo e perseveram na fé e obediência. Contrariamente, Deus resolveu rejeitar os não convertidos e descrentes, reservando-lhes o sofrimento eterno (Jo 3.36).

Expiação Universal

Em conseqüência do decreto divino, Cristo, o salvador do mundo, morreu por todos os homens, de modo a garantir, pela morte na cruz, reconciliação e perdão para o pecado de todos os homens. Entretanto, essa salvação só é desfrutada pelos fiéis (Jo 3.16; 1Jo 2.2).

Fé Salvadora

O homem não pode obter a fé salvadora por si mesmo ou pela força do seu livre-arbítrio, mas necessita da graça de Deus por meio de Cristo para ter sua vontade e seu pensamento renovados (Jo 15.5).

Graça Resistível

A graça é a causa do começo, do progresso e da completude da salvação do homem. Ninguém poderia crer ou perseverar na fé sem esta graça cooperante. Conseqüentemente, todas as boas obras devem ser creditadas à graça de Deus em Cristo. Com relação à operação desta graça, contudo, não é irresistível (At 7.51).

Indefinição Quanto à Perseverança

Os verdadeiros crentes têm força suficiente, por meio da graça divina, para lutar contra Satanás, contra o pecado e contra sua própria carne, e para vencê-los. Mas, se eles, em razão da negligência, podem ou não apostatar da fé verdadeira e vir a perder a alegria de uma boa consciência, caindo da graça, é uma questão que precisa ser melhor examinada à luz das Sagradas Escrituras.

Interpretação dos Cinco Pontos

O terceiro ponto sepulta qualquer pretensão de associar o Arminianismo ao Pelagianismo ou ao Semipelagianismo. De fato, a doutrina de Armínio é perfeitamente compatível com a Depravação Total calvinista. Ou seja, em seu estado original o homem é herdeiro da natureza pecaminosa de Adão e totalmente incapaz, até mesmo, de desejar se aproximar de Deus. Nenhum homem nasce com o “livre-arbítrio”, ou seja, com a capacidade de não resistir a Deus.

O quarto ponto demonstra claramente que é a graça preveniente que restaura no homem a sua capacidade de não resistir à Deus. Portanto, para Armínio, a salvação é pela graça somente e por meio da fé somente. Nesse sentido, os arminianos do coração concordam com os calvinistas no sentido de que a capacitação, por meio da graça, precede a fé, e que até mesmo a fé salvadora seja um dom de Deus. A diferença está na compreensão da operação dessa graça. Para os calvinistas, a graça é concedida apenas aos eleitos, que a ela não podem resistir. Para os arminianos, a expiação por meio de Jesus Cristo é universal e comunica essa graça preveniente a todos os homens, mas ela pode ser resistida. Assim como o pecado entrou no mundo pelo primeiro Adão, a graça foi concedida ao mundo por meio de Cristo, o segundo Adão (conforme Rm 5.18, Jo 1.9 etc.). Nesse sentido, os arminianos entendem que 1Tm 4.10 aponta para duas salvações em Cristo: uma universal e uma especial para os que crêem. A primeira corresponde à graça preveniente, concedida a todos os homens, que lhes restaura o arbítrio, ou seja, a capacidade de não resistir a Deus. Ela é distribuída a todos os homens porque Deus é amor (1Jo 4.8, Jo 3.16) e deseja que todos os homens se salvem (1Tm 2.4, 2Pe 3.9 etc.), conforme defendido no segundo ponto do Arminianismo. A segunda é alcançada apenas pelos que não resistem à graça salvadora e crêem em Cristo. Estes são os predestinados, segundo a visão arminiana de predestinação.

Portanto, embora a expressão “livre-arbítrio” seja comumente associada ao Arminianismo, ela deve ser entendida como “arbítrio liberto” ou “vontade liberta” pela graça preveniente, convencedora, iluminadora e capacitante que torna possíveis o arrependimento e a fé. Sem a atuação da graça, nenhum homem teria livre-arbítrio.

Ao contrário dos calvinistas, os arminianos crêem que essa graça preveniente, concedida a todos os homens, não é uma força irresistível, que leva o homem necessariamente à salvação. Para Armínio, tal graça irresistível violaria o caráter pessoal da relação entre Deus e o homem. Assim, todos os homens continuam a ter a capacidade de resistir a Deus, que já possuíam antes da operação da graça (conforme At 7.51, Lc 7.30, Mt 23.37 etc.). Portanto, a responsabilidade do homem em sua salvação consiste em não resistir ao Espírito Santo. Este é o coração do sinergismo arminiano, o qual difere radicalmente dos sinergismos pelagiano e semipelagiano.

No que tange à perseverança dos santos, os remonstrantes não se posicionaram, já que deixaram a questão em aberto.

Citações das Obras de Armínio

Os textos a seguir transcritos, escritos pelo próprio Armínio, são úteis para demonstrar algumas de suas idéias.

…Mas em seu estado caído e pecaminoso, o homem não é capaz, de e por si mesmo, pensar, desejar, ou fazer aquilo que é realmente bom; mas é necessário que ele seja regenerado e renovado em seu intelecto, afeições ou vontade, e em todos os seus poderes, por Deus em Cristo através do Espírito Santo, para que ele possa ser capacitado corretamente a entender, avaliar, considerar, desejar, e executar o que quer que seja verdadeiramente bom. Quando ele é feito participante desta regeneração ou renovação, eu considero que, visto que ele está liberto do pecado, ele é capaz de pensar, desejar e fazer aquilo que é bom, todavia não sem a ajuda contínua da Graça Divina.

Com referência à Graça Divina, creio, (1.) É uma afeição imerecida pela qual Deus é amavelmente afetado em direção a um pecador miserável, e de acordo com a qual ele, em primeiro lugar, doa seu Filho, “para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna”, e, depois, ele o justifica em Cristo Jesus e por sua causa, e o admite no direito de filhos, para salvação. (2.) É uma infusão (tanto no entendimento humano quanto na vontade e afeições,) de todos aqueles dons do Espírito Santo que pertencem à regeneração e renovação do homem – tais como a fé, a esperança, a caridade, etc.; pois, sem estes dons graciosos, o homem não é capaz de pensar, desejar, ou fazer qualquer coisa que seja boa. (3.) É aquela perpétua assistência e contínua ajuda do Espírito Santo, de acordo com a qual Ele age sobre o homem que já foi renovado e o excita ao bem, infundindo-lhe pensamentos salutares, inspirando-lhe com bons desejos, para que ele possa dessa forma verdadeiramente desejar tudo que seja bom; e de acordo com a qual Deus pode então desejar trabalhar junto com o homem, para que o homem possa executar o que ele deseja.

Desta maneira, eu atribuo à graça O COMEÇO, A CONTINUIDADE E A CONSUMAÇÃO DE TODO BEM, e a tal ponto eu estendo sua influência, que um homem, embora regenerado, de forma nenhuma pode conceber, desejar, nem fazer qualquer bem, nem resistir a qualquer tentação do mal, sem esta graça preveniente e excitante, seguinte e cooperante. Desta declaração claramente parecerá que de maneira nenhuma eu faço injustiça à graça, atribuindo, como é dito de mim, demais ao livre-arbítrio do homem. Pois toda a controvérsia se reduz à solução desta questão, “a graça de Deus é uma certa força irresistível”? Isto é, a controvérsia não diz respeito àquelas ações ou operações que possam ser atribuídas à graça, (pois eu reconheço e ensino muitas destas ações ou operações quanto qualquer um,) mas ela diz respeito unicamente ao modo de operação, se ela é irresistível ou não. A respeito da qual, creio, de acordo com as Escrituras, que muitas pessoas resistem ao Espírito Santo e rejeitam a graça que é oferecida.

Extraído de As Obras de James Arminius Vol. I

Comparação com o Calvinismo

Posteriormente ao Sínodo, quando os arminianos apresentaram os cinco pontos do Arminianismo, os calvinistas responderam com os cinco pontos do Calvinismo, que são os seguintes:

– Total depravação: não existe no homem após a queda de Adão força ou vontade do ser humano para buscar a salvação. Todos os homens herdam, de Adão, a natureza pecaminosa, decaída.

– Eleição Incondicional: a salvação não está condicionada à vontade ou ações humanas, mas ao soberano decreto de Deus que decide salvar alguns, os eleitos, deixando que os demais sofram o castigo eterno.

– Expiação Limitada: a salvação e o sacrifício de Cristo foram realizados apenas para o grupo dos eleitos.

– Graça Irresistível: a graça, enquanto ação e vontade de Deus, não pode ser resistida pela vontade ou ações do homem. Assim, uma vez que o homem tenha sido eleito para a salvação, ele não poderá resistir ao chamamento divino.

– Perseverança dos Santos: todos aqueles que tiveram sua salvação decretada perseverarão através da vontade e ação de Deus até o fim. Uma vez salvo, o eleito jamais perderá sua salvação.

A análise dos textos arminianos revela que o Arminianismo do coração concorda integralmente com a depravação total calvinista. O homem em seu estado natural é totalmente incapaz de desejar ou de buscar Deus. Somente a graça preveniente o capacita a crer na mensagem salvadora. Portanto, a discordância ocorre somente com relação à eleição incondicional, a expiação limitada e a graça irresistível.

No que tange à perseverança dos santos, os arminianos não são unânimes. Há quem acredite que a salvação pode ser definitiva e irremediavelmente perdida.

Com relação à predestinação, o Arminianismo crê que é baseada na presciência divina daqueles que, capacitados pela graça preveniente, crêem na mensagem de salvação em Jesus Cristo.

Escrito pelo Pr. Flávio Cardoso para a Wikipédia

Fonte:Arminianismo.com

20 Comentários (+add yours?)

  1. Zozinha
    maio 17, 2011 @ 17:57:43

    Excelente trabalho,
    Aprendi; confesso que nunca tinha ouvido falar,Teologia Arminiana bastante relevante,e muito profundo gostei!!!Deus te abençoe muito, e saiba vc já é um vencedor!!!!visite tbem os meus…….Zozinha@@@.

    Responder

  2. PEDRO GILMAR
    jul 06, 2011 @ 21:02:49

    Paz do Senhor,

    Sou assembleiano, estou cursando na FATEFE (nucleo de propagação do Calvinismo), não abraço a teologia calvnista, por suas incoerencias, gostaria que me ajudassem pois não tenho muito conhecimento do arminianismo, gostaria que me indicassem livros bons para eu ler e saber refutar esta doutrina.
    Obrigado, Gilmar

    Responder

    • Aislan
      set 27, 2012 @ 18:15:09

      Leia Teologia Sistemática de Charles Finney.

      Phobeumenos Thon Theon

      Responder

  3. magnoaquino
    jul 06, 2011 @ 23:46:42

    Oi, Gilmar! Graça e Bem! Quero apresentar-lhe em primeiro lugar a minha solidariedade, esteja certo que bons livros lhe farão muito bem, e a própria Bíblia esclareça suas indagações. Acesse este endereço para conhecer melhor o pensamento arminiano: http://www.arminianismo.com e boas leituras! Magno Aquino – editor

    Responder

  4. jpop28
    out 19, 2011 @ 17:23:32

    Paz meu amado!

    Quero fazer-lhe um covite para participar do blog (Os Arminianos).

    A sua presença é de suma importância!

    jeanpatrikcontato@hotmail.com

    Entre em contato comigo o mais rapito possivel.

    Responder

  5. Magno aquino (@magnoaquino)
    out 21, 2011 @ 23:45:46

    Olá, Jean!
    Será uma alegria ajudar o irmão, dentro da minha possibilidade. Conte com meu esforço pra divulgar a Palavra.

    Responder

  6. Rever Gelmires SantAnna
    jul 02, 2012 @ 14:43:12

    Parabéns pelo excelente trabalho!! A apresentação das histórias e biografias destes ilustres teólogos nos favorece no armazenamento de conhecimentos.

    Responder

  7. Magno Aquino Miramontes
    ago 03, 2012 @ 13:10:10

    Obrigado pela visita, Rev. Gelmires! Deus o abençoe..

    Responder

  8. cecilia
    set 12, 2012 @ 03:07:00

    este es un documento de riqueza en conocimiento que nos da a conocer parte de las fuentes de la teologia

    Responder

  9. Vi
    nov 07, 2012 @ 17:50:47

    Estou estudando calvinismo há algum tempo. Fico muito feliz de encontrar blogs que trazem à tona a real Teologia Arminiana, porque já que Armínio foi considerado herege pelos calvinistas, percebo que seus postulados ficam à margem, o que dificulta o acesso e entendimento claro de seu pensamento. Muitos calvinistas que conheci teriam uma outra idéia à respeito de Armínio se o lessem de fato. Realmente, o que sobra geralmente é a idéia de pelagianismo e semi-pelagianismo confundida ao arminianismo. E o caso é tão sério que quando se estudam os reformadores, geralmente Armínio não está lá, ou quando está, aparece arrolado entre os absurdos heréticos. Que Deus os continue abençoando e dando o direcionamento a vocês no espalhamento desse conhecimento.

    Responder

  10. Magno Aquino
    nov 11, 2012 @ 10:44:54

    Vi, Graça e Bem!
    A “visão geral” que parte dos estudiosos calvinistas tem é a de um Armínio alheio à Palavra, contrário ao Evangelho. Não há como falar em Fé Reformada sem citar Armínio, mas não há como falar em Teologia Bíblica gastando tempo com rancores históricos e denominacionais. Que bom sua visita, volte outras vezes..

    Responder

  11. Marcos
    maio 09, 2013 @ 10:48:42

    Acredito, diante do bombardeio doutrinário atual por parte daqueles que se dizem calvinistas, que se deve existir um maior esforço na divulgação de materiais como o postado neste site, tendo em vista a grande ignorância por parte da maioria dos cristãos genuínos sobre o assunto em questão. Tal esforço poderia evitar divisões e confusões que têm se instalado no seio da igreja, o que cooperaria, e muito, com a causa de Cristo.
    “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz… até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” Ef.4:3 e 13.

    Responder

    • Magno Aquino
      maio 16, 2013 @ 07:38:17

      Marcos,
      As divisões a que se refere já estavam previstas, nós somos diferentes em pensamentos, reações e atitudes; aí sim, complica, pois sendo diferentes no pensamento teológico, inúmeras vezes nossas atitudes degringolam, descambando para o desprezo e preconceito dirigidos a todos que pensam diferente de nós.

      Responder

  12. Thiago Alencar Lima
    jul 18, 2013 @ 21:22:15

    Fui calvinista durante muito tempo, mas através de estudos verifiquei ser uma teologia errada. Gostaria de conhecer melhor o metodismo, principalmente a doutrina da santificação plena. Tenho muitas dúvidas com relação a ela. O irmão pode me ajudar? Algum metodista pode me ajudar?

    Responder

    • Magno Aquino
      jul 19, 2013 @ 23:34:19

      Boa noite, Thiago! Eu não posso concordar sobre o Calvinismo ser uma “teologia errada” pelo fato de discordar dela em determinados pontos; sou cristão metodista, estudo o pensamento teológico de Arminius há algum tempo. Sendo metodista por opção até o presente momento (o sou há mais de duas décadas) e tendo o irmão manisfestado o interesse de conhecer a história e em que creem os metodistas, deixo dois links que serão muito úteis na sua pesquisa.

      http://www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=4#.UenpfRya785

      http://www.metodista.org.br/conteudo.xhtml?c=5882

      Boas leituras, pois serão muitas.. Paz!

      Responder

  13. batista independente, Baixada - RJ
    ago 30, 2013 @ 14:36:43

    Olá. Desejo divulgar a obra A FÉ DOS ELEITOS DE DEUS, de John F. Parkinson, também divulgada no Muito grato!http://www.lojasadoutrina.com.br/livros/eleitos.html

    Responder

    • Magno Aquino
      set 19, 2013 @ 17:39:57

      Esteja à vontade para divulgar tudo quanto seja relevante à fé cristã, para isto existe este espaço..

      Responder

  14. Rafael Ravazzi
    out 08, 2013 @ 11:33:25

    Olá! Sou calvinista e gostei desse texto. É importante ressaltar a diferença e o perigo de se associar ao pelagianismo ou semipelagianismo. O artigo e seu autor o fazem bem. O fato de concordarmos na depravação total é muito bom. A partir daí, creio que seja possível um debate honesto sobre os pontos. Se alguém aqui não conhece, fica a dica de duas grandes obras do John Owen “A morte da morte na morte de Cristo” e sua versão mais “resumida” o “Por quem Cristo morreu”. Aos irmãos em dúvida, é um material de grande importância.
    Como calvinista, não creio que Jesus morreu por todos. Não creio que a eleição seja baseada na presciência divina, como se o futuro não estivesse também sob seu controle. Não vejo isso como um problema sobre a bondade de Deus. Aliás, se Deus é bom, e quer que todos sejam salvos, então não seria muito pior (em vez de atuar monergisticamente na salvação de alguns) não interferir e salvar de vez todos? Não seria muito mais injusto, permitir que, mesmo com a graça preveniente, pessoas o rejeitassem?
    Minha intensão não é debater, apenas propor essas questões pra quem quer que queira pensar a respeito.

    Obrigado

    Graça e Paz por parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo!

    Abração

    Responder

    • Magno Aquino
      out 09, 2013 @ 21:36:44

      Olá, Rafael! Sinta-se bem aqui conosco, e sinta-se à vontade para expressar seu pensamento em todo o blog; que mais calvinistas ventilados aparecçam pra um dedo de prosa..

      Responder

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